Songwriter: Presto MDG Ace (Mind Da Gap)

Producer: Serial

[Verso 1: Presto]
Telequinética, cibernética ou até mesmo genética
Não irão igualar a capacidade profética
Do olho na minha testa, que atesta o meu cérebro
Que me dá protecção com'a casca de ovo do Calimero
Efémero, impercetível, horrível para quem é insensível
Ao saber que serei invencível e além acima do nível
Possível é deplorável, quem achar contestável
Como o azeite, um deleite, um novo mundo explorável
Pás, picaretas ou até bisturis, não extrairiam este olho
Comando-o, porque eu o quis

[Verso 2: Ace]
Auto-suficiente, o meu sistema, alimenta-se de energia
Que recolhe no quotidiano
Durante a noite e todo o dia
Vejo com mais um olho que tu, paranormal, a pineal
Glândula fundamental, descoberta pela ciência
É uma central de comunicações
Telecomunico mensagens neurológicas
Lógicas aritméticas, matemáticas sensações e visões
Milhões de ordens a dar ao cerebelo, cérebro, massa cinzenta
Que contempla a realidade captada, que trespassa
Os sentidos, fico extasiado com a dimensão extra-sensorial
O pensamento é a minha droga, julgo que não faz mal

[Verso 3: Presto]
Meu DNA alterado, imbuído dum novo estado
Apresenta-se secretamente, prestes a ser revelado
Uma glândula, presente em nós, de Moscovo a Grândola
Mas é necessário aceitá-la como tal formando-a
Para cumprir os propósitos para ela destinados
Mentalmente organizados até ao ano 2000 equiparados
Com requisitos paranormais, a cada um atribuídos
Por leis universais, de vários seres instituídos

[Verso 4: Ace]
O terceiro olho, provoca-me tripantes, grandes alucinações
A sua estrutura química apresenta-me novas sensações
Indescritíveis, sinto perturbações na percepção
E consciência, mas fico dotado de desinibição
Imbuído de inteligência
Sobre o crânio, entre os hemisférios norte e sul
A pineal dá-me sensibilidade, desenvolvi
A capacidade extra-sensorial, ao máximo
A altas rotações, recebo um intenso fluxo, envia
Mensagens ao cérebro sob o magnetismo d'um impulso

[Refrão]
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento

[Verso 5: Ace]
Olho de Hórus, elabora o futuro do Universo e vê além
Projeta-se na consciência cósmica e faz praticar o bem
Sou deus, n'acepção da dimensão
E poder da minha mente, a minha evolução interior
Ilustra-me a realidade de forma diferente
Conheço mundos extraordinários
Que visito com regular frequência
Não me identifico com falsidade, alienam-me por demência
Igual a "D" "E", mais mente
"D" desenvolvimento, "E" espectacular
Demente é desenvolvimento espetacular da mente
Ou seja, inteligente
Chamem-me louco, quem ri por último, ri sempre melhor
A minha droga é o pensamento, a gargalhada será maior

[Refrão]
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento
O pensamento é a minha droga
A droga é o meu pensamento

Mind da Gap

Mind Da Gap é um grupo de rap do Porto, pioneiro no movimento hip-hop português, formado por Ace, Presto, e pelo produtor e DJ Serial.

Ace e Presto conhecem-se por volta de 1993 e formam “Da Wreckaz” como um duo (onde faziam apenas rap em inglês). Posteriormente, conhecem Serial, tendo-se identificado os 3 como das poucas pessoas que gostavam de hip-hop na altura, formam um trio. Tempos depois, mudam o nome para Mind Da Gap, admitindo a sua sonoridade própria com instrumentais originais de DJ Serial.

Lançaram o seu primeiro EP homónimo em 1995, e o primeiro álbum, Sem Cerimónias, em 1997, gravado nos estúdios da Valentim Carvalho em Lisboa. Desde então, editaram mais cinco álbuns e uma colectânea de êxitos.