Era um mago da sueca era doutor
Tinha as manhas do encarte no olhar
Não havia em seca e meca e ao redor
Quem o batesse na arte de encartar

Às vezes com a "mão morna" disparava:
Aposto de uma só vez por um tostão
O lumbago e a reforma que esticava
Mais a estátua do Marquês com o leão

Era assim que entardecia no jardim
O baralho já marcado de aventura
Punham-se as cartas em dia e mais no fim
Baralhava-se o passado com ternura

Um dia desapareceu sem avisar
Cumpra-se a sua vontade tem de ser
Deve andar lá pelo Céu a baralhar
Siga o jogo ao fim da tarde e a doer